Mesmo com a presença dos representantes das empresas de transportes urbanos na mesa de negociação a partir da próxima semana, o Sindicato dos Rodoviários de Itabuna e região poderá conclamar a categoria em Assembléia para deflagrar uma greve geral no transporte coletivo por tempo indeterminado, caso as empresas não apresentem uma contra proposta compatível com a pauta de reivindicações dos rodoviários. Até agora os empresários urbanos fogem covardemente da negociação, mas já sinalizaram que só se preocupam com o lucro ganancioso e querem pagar um salário miserável para o trabalhador. A categoria dos rodoviários amarga uma perda salarial superior a 30 por cento nos últimos doze anos. Em contrapartida o lucro das empresas tem aumentado significativamente. No ano passado, durante a greve de uma semana, o departamento jurídico das empresas urbanas informou para a imprensa que o prejuízo no setor foi de 2 milhões de reais em apenas 8 oito dias de greve, o que dá a idéia do quanto as empresas faturam alto com a exploração do transporte coletivo no município. Na outra ponta estão os trabalhadores, com longas jornadas diárias de trabalho e uma remuneração que sequer alcança o patamar de dois salários mínimos para o motorista e um salário para cobradores e demais funções. Além do reajuste de 30 %, os rodoviários querem redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas, aumento no ticket alimentação, participação nos lucros e outros direitos.
As empresas se negam a pagar um salário digno para os rodoviários, mas não falta dinheiro para investimento em tecnologia e aquisição de novos ônibus. O grupo ÁGUIA BRANCA anuncia investimento de 9 milhões em equipamentos GPS e as empresas de transporte municipal em Itabuna desfilam com ônibus novos, enquanto o trabalhador ganha um salário de fome.
Boletim
Maio 2010
Sindirod, maiores informações: 73.3613.0477
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