sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

  • Força Sindical quer fim do PL da manifestação

  • Pedido será feito em encontro com presidente da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan Calheiros



    A pauta trabalhista e a proposta do  governo federal que trata das manifestações serão os principais temas do encontro, nesta quarta, em Brasília, entre a diretoria da Força Sindical e os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, e do Senado Renan Calheiros (ambos do PMDB).

    O encontro acontece a partir das 15h. Inicialmente, a ideia do encontro era discutir apenas os projetos de interesse do trabalhador,  como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas e o arquivamento da proposta que trata da contratação em regime temporária (chamada de MP da Copa).

    Mas um outro tema entrou às pressas na pauta da Força. É que nos últimos dias, o governo federal defendeu uma proposta que trata das manifestações no país, o que causou preocupação na Força Sindical. Na alegação da entidade, o projeto vai limitar o direto de manifestação.

    “Estamos preocupados com este projeto do governo federal, que quer inibir as livres manifestações e criminalizar os movimentos sociais. O projeto, uma espécie de AI-5 versão 2, quer proibir as pessoas de participarem de atos. Tem de diferenciar terrorista do trabalhador e não colocar todo mundo no mesmo balaio de gato”, disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

    Torres ainda ironizou o empenho da presidente Dilma Rousseff na aprovação da proposta, o que, segundo ele, vai na contramão do histórico envolvimento dela com os movimentos sociais e na luta contra o regime militar. “A Dilma, de mãe do PAC, pode ficar marcada como a Mãe do AI-5 versão 2”, disse.

    Pauta do trabalho/ Após marcar posição contrária ao projeto das manifestações, a Força vai discutir a pauta dos trabalhadores com os representantes das duas casas legislativas do Congresso Nacional. “Os projetos estão na mesa. Vamos pressionar para que sejam incluídos o mais rápido possível na ordem do dia do Congresso”, disse Torres.

    O encontro ainda será uma prévia de um ato que as principais centrais sindicais preparam pelo fim do fator previdenciário, pela a redução da jornada e contra o Medida Provisória da Copa, entre outras reivindicações. A manifestação está marcada para 9 de abril. O objetivo é realizar uma passeata por ruas da cidade de São Paulo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

  • Caixa paga hoje R$ 678 a trabalhadores com aniversário em dezembro


  • A Caixa Econômica Federal começa nesta terça-feira (17) o pagamento do abono de um salário mínimo (R$ 678) referente ao PIS (Programa de Integração Social). Para receber o benefício é preciso ter registro em carteira e fazer aniversário em dezembro.



    Até 30 de junho de 2014, data de encerramento do novo exercício, 19,4 milhões de trabalhadores terão direito ao abono salarial, e mais de 26,5 milhões poderão receber os rendimentos do PIS. Hoje, o benefício está disponível para trabalhadores que possuem conta corrente ou poupança na Caixa. Segundo o banco, empresas conveniadas ao Caixa PIS-Empresa creditam o benefício diretamente na folha de pagamento dos meses de julho ou agosto.

    Os demais beneficiários poderão sacar os abonos e rendimentos do PIS a partir de 13 de agosto, conforme calendário de pagamento, ordenado pelo mês de nascimento do trabalhador. Os benefícios ficarão disponíveis até 30 de junho de 2014.

    Quem tem direito
    Em relação ao abono salarial, têm direito os trabalhadores cadastrados no PIS ou PASEP até 2008 e cinco anos de cadastramento. Eles precisam também ter trabalhado, no mínimo, 30 dias, consecutivos ou não, em 2012, com carteira de trabalho assinada por empresa, que tenham recebido, em média, até dois salários mínimos mensais e que tiveram seus dados informados corretamente pela empresa ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

    Em relação aos rendimentos do PIS, tem direito o brasileiro cadastrado no PIS-PASEP até 04/10/1988 e que tenha saldo na conta PIS. O pagamento obedece ao mesmo calendário do Abono Salarial.

    Quanto ao saldo da conta PIS, atualmente, é permitido o saque do saldo de quotas da conta PIS ao trabalhador que apresentar algum dos motivos previstos em lei: aposentadoria, invalidez permanente, reforma militar, transferência para a reserva remunerada, tratamento de AIDS ou câncer do titular ou de seus dependentes, morte do titular, como benefício assistencial à pessoa portadora de deficiência e ao idoso e participante com idade igual ou superior a 70 anos.

    Como consultar
    Para saber se tem direito ao Abono Salarial ou aos rendimentos do PIS, o trabalhador pode consultar o site da Caixa (www.caixa.gov.br). Basta escolher as abas “Você”, “Serviços Sociais”, “PIS”, “Consulta o Pagamento”, ou pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), no telefone 0800-726-0101, opção 2.

    Ao ligar para o SAC da CAIXA, o trabalhador deve sempre ter em mãos o número do seu PIS. Com este número, ele também poderá fazer a consulta eletrônica pelo 0800-726-0101, 24h por dia, nos sete dias da semana.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

  • Comissão Quadripartite discute hoje limites da terceirização


  • Hoje, às 14 horas, a Comissão Quadripartite que analisa o PL 4330, que amplia a terceirização se reunirá no Ministério do Trabalho, em Brasília. “Nosso objetivo é deixar claro quais os limites da terceirização. Onde pode e onde não pode terceirizar “, diz Sergio Luiz Leite, Serginho, representante da Força Sindical na Comissão.

    Atualmente não existe lei no país que trate da terceirização, apenas a Súmula 331/1995, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que permite o uso do recurso nas atividades meio. Com base nesta súmula as empresas terceirizaram os setores de limpeza, restaurante e vigilância.

    “Mas hoje já ultrapassaram e muito estes setores”, diz Melquíades de Araújo, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de SP (Fetiasp). Por exemplo, na alimentação, metade dos centros de distribuição é terceirizada. “A federação luta contra a terceirização e se empenha para que os salários sejam iguais de terceirizados e dos empregados das empresas-mãe”, declarou Ovídio Garcia Fernandes, diretor da Fetiasp.

    Atualmente são 12 milhões de trabalhadores terceirizados com carteira assinada no País de um total de 48 milhões de trabalhadores. A terceirização afeta de forma diferente o mercado de trabalho dos diferentes setores da economia. Alguns setores já estão altamente prejudicados, como os da construção civil e dos telefônicos.

    Almir Munhoz, presidente da  Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecom) propôs  criar um Selo de Qualidade para controlar a atuação das empresas terceirizadas e combater a precarização das condições de trabalhado dos prestadores de serviço. “Além dos benefícios para os trabalhadores, isso também vai interferir positivamente na qualidade dos serviços dessas empresas”, declarou.

    Para Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trab. nas Indústrias da Construção Civil de SP (SintraconSP), o PL 4330 não pode ser aprovado porque abre caminho para a quarteirização. “Se passar vai prejudicar muito”. Os metalúrgicos de Curitiba também são contrários ao PL 4330, informaram Nelson Silva de Souza, presidente da Força Sindical PR e Sergio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba. Amanhã, sindicalistas vão sensibilizar os parlamentares a atender as revindicações dos trabalhadores.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

  • Defasagem na tabela do Imposto de Renda pode chegar a 62% em 2013


  • A defasagem entre a tabela do Imposto de Renda (IR) e a inflação pode chegar a 62% até o final de 2013, segundo estimativas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). A avaliação é que a diferença, neste momento, está em torno de 60%, mas a inflação, que ficou próximo a zero em julho, deverá voltar a subir, como já admitiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

    O Sindifisco Nacional apoia uma campanha para mobilizar e informar a população sobre a necessidade de correção da tabela. A campanha Imposto Justo foi lançada em maio e pretende convencer os congressistas a reduzir as injustiças fiscais provocadas pela não correção. Os interessados em participar devem preencher o formulário disponível no site do Sindifisco Nacional, no endereço http://www.sindifisconacional.org.br/impostojusto.

    Em 2013, a correção da tabela, estabelecida pelo governo, ficará em 4,5%, que é o centro da meta da inflação estabelecida pelo governo pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Acontece que a projeção de analistas de instituições financeiras para a inflação medida também pelo IPCA está em 5,75%, segundo pesquisa do Banco Central (BC).

    “Era para ser 4,5%, que é o centro da meta estabelecida pelo governo. Mas, como a inflação está acima disso, estimo que em torno de 6,5% ou seis e qualquer coisa [para este ano], aquilo que era 60% irá para 61% a 62%”, avaliou para a Agência Brasil Álvaro Luchiezi, gerente de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional. Se isso for confirmado, os contribuintes continuarão a pagar mais impostos, principalmente a maioria dos assalariados.

    A tabela do IR já vinha sendo corrigida em 4,5% desde 2007 e a previsão era acabar com a utilização desse índice em 2010. No início de 2011, no entanto, por meio da Medida Provisória 528, o governo resolveu aplicar o mesmo percentual até 2014.

    De acordo com o Secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, no momento, esse é o percentual que está valendo e não existe previsão de mudança. “A tabela já está corrigida para o próximo ano. No momento, não temos nenhum estudo para isso [correção da tabela]. Fica nos 4,5%, como previsto. Por enquanto, não temos nenhuma demanda sobre simulações, nem própria nem de outros setores, disse à Agência Brasil.

    A proposta do Sindifisco Nacional é que a correção da tabela do IR seja atrelada à evolução de renda do trabalhador. Entraria no cálculo, por exemplo, o rendimento médio mensal das pessoas com dez anos de idade ou mais, obtido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), por exemplo.

    “O objetivo é entrar com um projeto de lei, assinado por alguns parlamentares, que trate da correção gradativa da tabela do Imposto de Renda. Como é um índice oficial do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], nós pretendemos incluir na fórmula oficial de correção da tabela”, defendeu o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue.

    Segundo ele, como a tabela trata de Imposto de Renda, não se deve deixá-la atrelada a qualquer índice inflacionário, mas sim ao rendimento médio do trabalhador assalariado. “Além disso, na proposta estão incluídas algumas deduções, como por exemplo, aluguéis e juros da casa própria”.

    Para dimensionar o prejuízo dos assalariados com a não correção da tabela, o presidente do Sindifisco Nacional explicou que o contribuinte que, em 1996, ganhava nove salários mínimos, era isento do Imposto de Renda. Agora, informou, quem ganha 2,5 salários é obrigado a pagar. A explicação é que a não correção da tabela fez com que várias pessoas que estavam isentas, por causa da renda baixa, fossem paulatinamente ingressando na condição de contribuinte.

    “São pessoas que efetivamente não têm condições econômica para pagar o imposto de renda. A não correção faz com que as pessoas paguem mais do que deveriam pagar, principalmente os trabalhadores”, concluiu.

    Em contrapartida, Delarue defende o fim da isenção da cobrança de Impostos de Renda na distribuição de lucros e dividendos para pessoas jurídicas. “É uma questão de justiça fiscal e nós defendemos que seja um rendimento tributado”, destacou para a Agência Brasil.

    Ele lembra que essa tributação não seria uma coisa indiscriminada. O peso maior do imposto seria para quem ganha acima de R$ 240 mil por ano, preservando os pequenos e médios empresários, mas incidindo mais nos grandes, “que hoje, praticamento, não pagam nada”.

    Leonor Maria da Silva, funcionária pública federal, disse que o governo deveria ser mais “maleável” com os contribuintes. “Para ter algum desconto, tem que ter gastos com saúde e é o que a gente menos quer, que é ter que gastar justamente com saúde para ter direito a deduções. Caso contrário, na hora de declarar, lá vem a bordoada”, reclamou.

    Alberto Nóbrega, assessor parlamentar da Câmara dos Deputados, acha que chegou a hora de o governo encontrar uma alternativa melhor para não pesar tanto no bolso do cidadão. Ele destacou que o trabalhador, no final das contas, é quem leva a pior. Já Elísia Correia Lima, empregada de empresa pública, acha que a tabela deveria, no mínimo, acompanhar a inflação, porque a defasagem corrói os ganhos dos assalariados. “Do jeito que está é um prejuízo para nós. Não é justo”.
  •  Diretoria executiva da Força Sindical BA reúne-se amanhã


  • 4 congresso_A Diretoria da Força Sindical Bahia irá reunir-se amanhã (20), no Auditório do Monte Pascoal Praia Hotel Salvador, situado na Avenida Oceânica, Barra, das 09h às 18h. A executiva baiana irá discutir temas como a Avaliação da Conjuntura Política e Econômica Nacional; Avaliação dos Congressos Estadual e Nacional; Administração sindical; Mobilização do dia 30 de agosto de 2013; Calendário de reuniões da Direção e da Executiva; dentre outros assuntos.