sexta-feira, 22 de março de 2013


Trabalhadores da Construção Pesada podem entrar em Greve em todo o Estado da Bahia

Em Campanha Salarial 2013, os trabalhadores da construção pesada, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav), apresentaram no dia 23 de janeiro a pauta de reivindicações da categoria ao sindicato patronal (Sinicon), através de um ato público em Lançamento da Campanha Salarial 2013, cujas principais reivindicações eram: 15% de reajuste salarial; Horas extras de seg. a sexta 80%, sábado 100%, domingos e feriados 150%; Plano de Saúde para empregados e dependentes; Cesta básica no valor de R$: 280,00, entre outras reivindicações.

Com as negociações iniciadas no dia 15 de fevereiro e decorridas 08 rodadas de negociações entre o Sintepav e o Sinicon, ainda não chegou-se a um acordo entre as partes. O sindicato patronal propôs apenas a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho, o reajuste de 7% e a cesta básica geral no valor de R$: 190,00.

Durante as diversas assembléias realizadas em todo o Estado da Bahia que contou com a participação de milhares de trabalhadores, a categoria rejeitou a proposta patronal, autorizando o Sintepav a publicar o edital de greve no dia 14/03. Considerando a decisão dos trabalhadores e no esforço para chegar a um acordo que evite a paralisação de importantes obras como a Arena Fonte Nova, Via Expressa,Via Bahia, Consórcio 093, projetos de distribuição de água, Obras de saneamento, Montagem Industrial, obras de terraplanagem, saneamento básico, o Sintepav encaminhou a proposta final definida pela categoria ao Sinicon nesta
quarta-feira (20), conforme decisão dos trabalhadores nas assembléias realizadas em todo o Estado.

Essa proposta final é o limite da categoria no esforço para evitar a greve na Bahia dos 35 mil trabalhadores distribuídos em 274 obras, com 421 empresas, e investimentos que chegam a aproximadamente R$ 65 bilhões de reais. A categoria propõe no esforço para evitar a greve: reajuste de 10%, cesta básica geral no valor de R$: 230, horas extras aos sábados 100%, assistência médica negociada por empresa, além de negociações específicas nas obras do Estaleiro do Paraguaçu, na FIOL e Mineradoras.

O sindicato entende que a lastro econômico das empresas pode atender as reivindicações da categoria. O setor da construção tem importante representatividade no PIB nacional, e as empresas tem alcançado desde 2007, benefícios através da desoneração da folha de pagamento e redução dos impostos dos produtos que compõe a cesta da construção. Esses fatores associados demonstram que os empresários têm condições para atender o anseio da categoria.

O Sintepav exige das empresas negociações justas e equilibradas que promova o trabalho decente, respeitando o direito dos trabalhadores. Espera-se que as empresas não observem apenas o seu lucro instrumental, mas possa atender as negociações valorizando trabalho de homens e mulheres da construção pesada. Sem essas condições a categoria poderá deflagrar a greve geral a partir da próxima segunda-feira (25).

Para maiores informações: www.sintepav.org.br ou 3507-7193
 Fonte: Assessoria de Comunicação do Sintepav BA

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