Trabalhadores
da Construção Pesada podem entrar em Greve em todo o Estado da Bahia
Em Campanha Salarial 2013, os
trabalhadores da construção pesada, representados pelo Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia
(Sintepav), apresentaram no dia 23 de janeiro a pauta de reivindicações da
categoria ao sindicato patronal (Sinicon), através de um ato público em
Lançamento da Campanha Salarial 2013, cujas principais reivindicações eram: 15%
de reajuste salarial; Horas extras de seg. a sexta 80%, sábado 100%, domingos e
feriados 150%; Plano de Saúde para empregados e dependentes; Cesta básica no
valor de R$: 280,00, entre outras reivindicações.
Com as negociações iniciadas no dia 15
de fevereiro e decorridas 08 rodadas de negociações entre o Sintepav e o
Sinicon, ainda não chegou-se a um acordo entre as partes. O sindicato patronal
propôs apenas a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho, o reajuste de 7%
e a cesta básica geral no valor de R$: 190,00.
Durante as diversas assembléias
realizadas em todo o Estado da Bahia que contou com a participação de milhares
de trabalhadores, a categoria rejeitou a proposta patronal, autorizando o
Sintepav a publicar o edital de greve no dia 14/03. Considerando a decisão dos
trabalhadores e no esforço para chegar a um acordo que evite a paralisação de
importantes obras como a Arena Fonte Nova, Via Expressa,Via Bahia, Consórcio
093, projetos de distribuição de água, Obras de saneamento, Montagem
Industrial, obras de terraplanagem, saneamento básico, o Sintepav encaminhou a
proposta final definida pela categoria ao Sinicon nesta
quarta-feira (20), conforme decisão dos trabalhadores nas assembléias
realizadas em todo o Estado.
Essa proposta final é o limite da categoria
no esforço para evitar a greve na Bahia dos 35 mil trabalhadores distribuídos
em 274 obras, com 421 empresas, e investimentos que chegam a aproximadamente R$
65 bilhões de reais. A categoria propõe no esforço para evitar a greve:
reajuste de 10%, cesta básica geral no valor de R$: 230, horas extras aos
sábados 100%, assistência médica negociada por empresa, além de negociações
específicas nas obras do Estaleiro do Paraguaçu, na FIOL e Mineradoras.
O sindicato entende que a lastro
econômico das empresas pode atender as reivindicações da categoria. O setor da
construção tem importante representatividade no PIB nacional, e as empresas tem
alcançado desde 2007, benefícios através da desoneração da folha de pagamento e
redução dos impostos dos produtos que compõe a cesta da construção. Esses
fatores associados demonstram que os empresários têm condições para atender o
anseio da categoria.
O Sintepav exige das empresas
negociações justas e equilibradas que promova o trabalho decente, respeitando o
direito dos trabalhadores. Espera-se que as empresas não observem apenas o seu
lucro instrumental, mas possa atender as negociações valorizando trabalho de
homens e mulheres da construção pesada. Sem essas condições a categoria poderá
deflagrar a greve geral a partir da próxima segunda-feira (25).
Para maiores informações:
www.sintepav.org.br ou 3507-7193
Fonte: Assessoria de Comunicação
do Sintepav BA